Instituído pela Lei Nº 10.456/02, o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, dia 26 de maio, é uma data propícia às reflexões sobre a doença e em como ela afeta a qualidade de vida dos pacientes que são acometidos por este mal. “No Brasil, há muito tempo, a saúde ocular do brasileiro é relegada a segundo plano e tratada com mutirões. É o mutirão da catarata, o mutirão do glaucoma, mutirão para medir a pressão do olho... Considero muito propício falar sobre a doença no Dia Nacional de Combate ao Glaucoma para constatarmos que muito pode ser feito, além dos mutirões, em prol do bem-estar da população”, afirma o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor-clínico do IMO.
Segundo o médico, o glaucoma faz parte de um grupo de doenças oculares que, gradualmente, "roubam" a visão sem aviso prévio e, não raro, sem sintomas. A perda da visão é causada por um dano no nervo óptico. “Até pouco tempo atrás, pensava-se que a alta pressão intraocular (API) era a principal causa do dano no nervo óptico. Apesar da API representar claramente um fator de risco, hoje, são conhecidos muitos outros fatores que podem levar a perda de visão devido ao glaucoma”, informa Virgilio Centurion.
A seguir, o oftalmologista fornece informações detalhadas sobre a doença, que segundo a Associação Brasileira dos Portadores de Glaucoma Seus Amigos e Familiares (ABRAG) atinge 900 mil brasileiros, com idade acima de 40 anos.
- Causas da doença
A causa do glaucoma é desconhecida. O que se sabe é que existem fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença. Dentre estes fatores destacam-se: idade avançada, diabetes mellitus, hipertensão arterial, miopia, raça negra e hereditariedade.
- Formação do glaucoma
A pressão elevada no interior do olho, no decorrer de alguns anos, lesa as fibras nervosas do nervo óptico. Com isso, o portador da doença começa a perder a visão periférica. Ou seja, quando o indivíduo olha para a frente, enxerga nitidamente os objetos que estão distantes, porém não vê o que está nas laterais. Seria como se o olho estivesse observando através de um tubo. Nos estágios mais avançados, a visão central também é atingida.
- Pressão intra-ocular
O olho contém um líquido (humor aquoso) que circula continuamente no seu interior. Esse líquido é produzido constantemente e escoado por uma região denominada malha trabecular. No caso do glaucoma, há uma diminuição no escoamento deste líquido, o que faz com que ele se acumule dentro do olho e provoque um aumento da pressão intra-ocular.
- Tratamento do glaucoma
O glaucoma é uma doença crônica que não tem cura, mas na maioria dos casos, pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais rápido for o diagnóstico, maiores são as chances de se evitar a perda da visão. O tratamento clínico inicial é feito com colírios que baixam a pressão intra-ocular. A laserterapia é indicada quando o tratamento clínico não está sendo capaz de conter os níveis elevados de pressão. O tratamento cirúrgico é deixado para última instância. A indicação mais precoce da cirurgia é recomendada nos casos em que o paciente por problemas sociais, culturais ou econômicos, apresenta pouca fidelidade ao tratamento clínico.
- Tipos de glaucoma
Existem classificações bastante complexas para esta doença. Vamos esclarecer os três tipos mais usuais:
- glaucoma congênito, quando a criança já nasce com a doença. O pediatra pode diagnosticá-la através de alterações como globo ocular aumentado, com uma córnea grande e opacificada. Estas alterações são decorrentes do aumento de pressão intra-ocular que acontece durante a gestação.
- glaucoma agudo, um olho normal sofre um grande e repentino aumento da pressão intra-ocular, causando dor ocular tão intensa que, em geral, provoca crises de vômito.
- glaucoma crônico é o mais freqüente e mais preocupante. Neste caso, o aumento da pressão intra-ocular é progressivo e assintomático. A pessoa não percebe que está com a pressão elevada e o único modo de detectar a doença é através da medição da pressão durante um exame ocular.
- Hereditariedade
O glaucoma é uma das doenças em que o fator hereditário apresenta grande relevância. 20% dos glaucomatosos têm história familiar dessa doença. O risco dos descendentes em primeiro grau apresentarem a doença varia de 10 a 40%. Portanto, as pessoas que têm um dos pais com glaucoma têm, também, uma probabilidade muito maior de desenvolver a doença.
- Prevalência da doença
O glaucoma não apresenta prevalência maior ou menor no tocante ao sexo. Com relação à idade, a freqüência aumenta progressivamente após a quarta década de vida.
- Prevenção à doença
São recomendadas consultas, pelo menos uma vez por ano, com o oftalmologista, após ter completado 40 anos de idade. Já para os indivíduos que apresentem casos de glaucoma na família, o ideal é iniciar as consultas periódicas mais cedo. A recomendação mais importante é lembrar que o glaucoma não apresenta sintomas. Logo, não é necessário sentir alguma dor ou alteração na visão para procurar o oftalmologista.
- Medicamentos contra-indicados
O cuidado com alguns medicamentos depende do tipo de glaucoma e alguns deles são contra-indicados porque podem agravar o quadro clínico. O melhor a fazer é consultar o oftalmologista para se informar sobre o medicamento mais adequado a cada caso.
- Qualidade de vida
Os glaucomatosos podem realizar qualquer atividade desde que não haja excesso. O glaucoma é melhor controlado em pacientes saudáveis e que sigam com rigor as orientações médicas. Para atividades normais do cotidiano, não há restrições. No entanto, se o paciente de glaucoma quiser praticar algum exercício que exija esforço - musculação, por exemplo - é necessário ter um bom condicionamento físico. De qualquer forma, é importante consultar sempre o oftalmologista. Há também a necessidade de tomar cuidados antes de ir à praia ou à piscina. Quem já se submeteu a uma cirurgia de glaucoma precisa ter mais cuidado. Qualquer contaminação adquirida nesses ambientes pode piorar o quadro clínico.
- Dieta alimentar
Uma alimentação saudável é sempre importante para o bom funcionamento do organismo, mas isso não quer dizer que o paciente com glaucoma possa usar a dieta como uma forma de tratamento.
- Glaucomatosas grávidas
Nem todos os colírios são recomendados para grávidas. O melhor a fazer é consultar um oftalmologista para que ele analise cada caso.
- Crianças portadoras de glaucoma
Crianças com glaucoma apresentam diferenças no diagnóstico e tratamento em relação aos adultos. No entanto, se for tratado desde cedo e de maneira adequada, o glaucoma em crianças não impede o portador de enxergar claramente e levar uma vida normal.
IMO
O Instituto de Moléstias Oculares, IMO, é hoje uma das referências internacionais no tratamento oftalmológico, especialmente, nas áreas de diagnóstico, cirurgia e terapia. A clínica localiza-se na cidade de São Paulo, na Avenida Ibirapuera, é formada por uma equipe de profissionais altamente qualificados e devidamente credenciados junto às sociedades e instituições de classe nacionais e internacionais. Dispõe de condições ideais para atender com excelência o público, desde a infância até a terceira idade. Por manter convênios com de 60 planos de saúde, pode realizar um atendimento amplo e diversificado à população.
SERVIÇO:
IMO – Instituto de Moléstias Oculares:
Endereço: Avenida Ibirapuera, 624.
São Paulo-SP
Horário de atendimento: 08:00 às 18:30, de segunda a sexta-feira
08:00 às 12:00, aos sábados
Telefone: (11) 5573 6424
Site: http://www.imo.com.br/
E-mail: imo@imo.com.br
Fonte: Márcia Wirth
Tel: (11) 5041 6827/93943597
E-mail: wirhmarcia@uol.com.br
Fonte: http://www.servidorpublico.net/noticias/2006/05/23/26-de-maio-dia-nacional-de-combate-ao-glaucoma/